Florianópolis, parada obrigatória !

Posted on março 30, 2011 // 5 Comments

Dia 26 de março, Ilha de Florianópolis – Santa Catarina.

Deixamos Joinville após o divertido e saboroso churrasco na fábrica da Victoria Motorhomes e chegamos a Floripa. A distância era curta, mas a parada por aqui é sempre obrigatória, algumas paisagens são imperdíveis, especialmente para quem não conhece esta Ilha fantástica no Sul do País.                                                                             

    

Nossa base foi a Lagoa da Conceição, esta belíssima lagoa de águas claras cercada por montanhas.  O Camping da Barra é uma ótima parada por ser perfeitamente adaptado para motorhomes de todos os tamanhos. Água potável, ponto para água servida e entrada de esgoto, características não tão comuns em alguns campings. Outra boa novidade é a internet gratuita, o sinal WiFi está em toda área. O tempo estava complicado estes dias, a chuva castigou a região e pudemos provar mais uma vez a excelente vedação do nosso carro. 

   

Depois de alguns dias de chuvas consecutivas, enfim o sol voltou a brilhar, pegamos as bikes e pedalamos cerca de 15 km passando pela Praia da Joaquina, as dunas onde turistas e locais praticam o sandboarding, descida nas dunas com uma prancha de madeira.

    

È claro que alguns turistas descem mesmo é rolando, ficando literalmente a milanesa. Seguindo nosso passeio passamos ainda pela Praia Mole e no final da tarde paramos no centro comercial da lagoa para um almoço. As opções são muitas, para quem procura um almoço com um bom custo benefício à melhor opção é a pequena galeria ao lado do posto de combustível, almoço por quilo e muito bom com vários pequenos restaurantes. Para os mais sofisticados, a avenida das Rendeiras oferece mais de 10 nomeados restaurantes, com pratos deliciosos de peixe e camarão, a escolha vai depender do bolso do viajante.No final da tarde vale uma boa caminhada pela Lagoa, curtindo o pôr-do-sol entre barcos e canoas. No dia seguinte botamos nosso carro para funcionar e resolvemos dar um belo giro pela ilha. As surpresas se revelam em poucos quilômetros, parece irreal, mas quando entramos no acesso a Moçambique percebemos que na ilha ainda é possível encontrar locais desertos e sem esta explosão de casas de veraneio já comum na Barra da Lagoa, Ingleses e Canasvieiras.

      

O nosso passeio foi longo, de Norte a Sul da Ilha, conhecemos a Ponta das Canas, uma praia agradável e tranqüila com as construções da famosa Jurerê ao fundo. Outras inovações também chamam nossa atenção como um painel mostrando a incidência de raios UV já disponível em vários pontos da ilha. Seguimos o nosso tour, passando por Jurerê internacional, por ser meio da semana e com o tempo um pouco fechado toda aquela muvuca costumeira da praia estava bem longe dali naquele momento. Observamos a sofisticada arquitetura das residências, dos condomínios, uma espécie de Bervely Hills brasileiro. Deixamos todo o luxo de Jurerê e seguimos para o outro extremo da Ilha, o Pântano do Sul

 

No caminho, a ponte Hercílio Luz, símbolo da ilha catarinense preenche com charme a ligação ao continente. Voltando ao Pântano do Sul, este é um dos pontos que todos que visitam a ilha devem conhecer. Há dez anos eu estive num restaurante no Sul da Ilha e aquele registro permaneceu em minha mente por anos. O Restaurante do Arante tem uma história bem peculiar, com mais de 100 anos de existência vem passando de pai para filho mantendo as tradições do início de suas atividades. Além dos saborosos pratos do cardápio, a fama do Arante se formou pelas mensagens deixadas em seu interior.

     

Por toda parte das paredes, teto, janelas, você pode observar recados, mensagens, poesias, bilhetes com desenhos e esta tradição teve início com os primeiros viajantes que passaram pelo sul da ilha e queriam avisar seus parentes que chegariam posteriormente, qual seria o próximo destino. Assim esta tradição se mantem até os dias de hoje e segundo os proprietários os bilhetes já passam de 100 mil. Quanto aos meus pensamentos sobre este lugar, eu tinha certeza que um dia voltaríamos ali numa grande expedição e deixaríamos nossa mensagem para nossos filhos e netos lerem um dia. Hoje estamos aqui, Letícia e eu, colamos nosso cartão com a data no vidro da janela no corredor interno e conversamos com o Arantinho, que segue com o mesmo empenho do pai Arante em servir bem com toda atenção e simpatia. Para quem pensa que ele só fica ali atrás do balcão recebendo as contas está muito enganado, nossa conversa foi interrompida e lá estava ele no meio das ondas puxando rede e retirando peixe do mar. No final Arantinho ainda nos presenteou com uma cachaça porreta, feito por ele mesmo e para encerrar nossa conversa ele ainda completou: “Esta cachaça faz até visitantes comuns virarem poetas”  !                                         Voltamos para o camping, acertamos nossa estadia e partimos para a Lagoa de Ibiraquera.                                                                                                            

Category : Diário de Bordo